Hoje tive acesso a um texto retirado de um blog de uma pessoa que não conheço. Não sei rigorosamente nada dela, nem o seu nome. O texto para além de enorme, relatava uma dilacerante provação e, sem saber o seu nome, fiquei a conhecer-lhe quase tudo.
Penso no "youtube" e vêm-me à memória a quantidade de vídeos de todos os géneros que já tive a oportunidade de ver e no quanto fiquei a saber de pessoas que não conheço, a maior parte delas nem sequer habitam no mesmo continente que eu. Ccomo se quase de uma partilha a nível mundial se tratasse. Será necessidade de afirmação, chamada de atenção ou pura e simplesmente a necessidade dessa partilha, com alguém que seja?
Monday, 21 May 2007
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3 comments:
É a mesma coisa que fez aparecer pinturas nas paredes das cavernas há milhares de anos.
Tudo começou aí, e o que evoluiu foram os suportes técnicos. De resto, somos sempre os mesmos que - à luz de um archote ou de um monitor de plasma, fugindo à escuridão - procuramos furar a barreira que nos separa dos outros, ou dos Deuses.
No fundo, é simples: estão sós.
(Mas já agora pergunto: e ao criar um blog?)
Partilham a vida pessoal, querendo estar mais perto. Comentários de estranhos enchem-lhes a vida por uns momentos, e cria uma reconfortante ilusão de felicidade. Querendo estar mais perto, distanciam-se.
As relações sociais informatizam-se.
Jogos online, realidades virtuais (por exemplo, Second Life)... estamos mais longe do corpo alheio, mais perto da cadeira e do teclado.
Não queria ser pessimista, mas...o texto que comento tem cores escuras.
^_^
Então, já agora, pergunto eu: e ao escrever um livro?
De que valem então os milhares de lombadas que nos enchem as estantes? E as toneladas de papel de jornal que lemos?
Quem os escreve está só?
Sem querer ser demasiado optimista: o comentário que comento tem cores ainda mais escuras.
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