Wednesday, 26 September 2007

Duas Faces

Vejo-me vazio na frente da televisão
Intermitente
Vacilo nos canais perturbantes
Mas não me distraem a mente
Tremo, não páro, redobro o consumo
Copos partidos no chão da sala cheia de fumo
Tremo, procuro, penso.. é duro
E preciso de uma maneira de saltar o muro
Saio do escuro mas não me mexo
Nem te esqueço
E quem dorme ao meu lado
Eu nem reconheço

Na tranquilidade do meu absoluto
Vens-me massacrar com o teu vulto
Estou quase a chegar, já vejo o fim do meu mundo
Continuo a nadar nesse meu poço, lá no fundo
E não vou parar, se parar
O caminho será mais curto


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Vejo-me vazia, fumo mais um cigarro
Memorizo frases que escrevi há bocado
Bebo outro copo, não consigo dormir
A cabeça está cheia de pensamentos a ruir

Penso que crescemos e não soubemos lidar
E o que aprendemos não soubemos comunicar
Às vezes pareces dormir ao meu lado
E quando acordo vejo aquele corpo emprestado

Mas massacro-me com decisões arrependidas
Para não se tornarem em memórias ardidas
Mas sabes, diz quem já conheces também
Há coisas que se perdem
Para não serem perdidas

2 comments:

Anonymous said...

Pesadote... mas de certa forma bonito... tem um encanto qualquer ao mesmo tempo...
...o que também é certo é que muitas vezes estamos à espera que a felicidade bata à porta, e não fazemos nada por isso, simplesmente esperamos até sermos invadidos por ela...e que tal trabalharmos também um pouco por isso?! ... baci, ritex;)

Anonymous said...

Pesadote... mas de certa forma bonito... tem um encanto qualquer ao mesmo tempo...
...o que também é certo é que muitas vezes estamos à espera que a felicidade bata à porta, e não fazemos nada por isso, simplesmente esperamos até sermos invadidos por ela...e que tal trabalharmos também um pouco por isso?! ... baci, ritex;)