Ao fim de tanto tempo percebi que tenho medo de ti
Da forma que me olhas e me pensas
Que não me vejas da mesma forma
Encaro o teu silêncio como desistência da nossa viagem
Eu saí nesta estação e tu continuaste
E o teu rasto perdi
Não te vou dizer que não penso em ti
Penso em ti todos os dias
Olho a tua fotografia todos os dias
Lembro-me de nós todos os dias
E imagino a tua vida sem mim
Simplesmente não tenho coragem de te ligar
E ouvir a tua voz despreocupada do outro lado
Aquela voz que te conheço quando te desaponto
E eu pequenina deste lado
A sublimar o que sinto
E a elevar-me ao mínimo suportável para que me oiças sem pensar
E me convides para mais um copo no sítio do costume
Ao fim de horas e de copos
Muitos copos
Eu agarro em ti
Atrai-me aquilo que és, que não foste quando precisei
Porque sei que errei
Mais uma vez?
Estou de novo lá no fundo
E nunca te dou espaço para lá estares também
E comigo nunca estás mais do que eu
- 2003-
Tuesday, 21 November 2006
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